Boas! Em resposta a um mail vosso:
Bem, em relação aos ovos moles, continuo a defender que deveremos organizar uma kartada algures entre Lisboa e Porto. Assim, terão a oportunidade de nos aumentar "localmente" a massa em deslocamento, para ganharem alguma vantagem competitiva!
Os patrocínios são, provavelmente, o maior desafio deste projecto. Se há equipas estrangeiras que têm patrocínios garantidos, sem esforço, ou mesmo grandes somas permanentemente atribuídas (a exemplo, a equipa de Helsínquia com as 4 argolitas da AUDI na frente no carro), a nossa realidade é bem diferente.
A primeira observação são as motivações que as empresas têm para patrocionarem o projecto. E nem sempre são simultâneos:
-> compaixão por aqueles putos que até andam a aprender engenharia de um modo bastante divertido mas levam estas coisas muito a sério.
-> puros interesses fiscais. E estes variam facilmente de ano para ano, o que não garante um patrocínio estável.
->A motivação "ter um produto nosso num carro de competição" é quase inexistente, mesmo em empresas do ramo. No nosso caso, a Honda será um destes exemplos.
->Idealmente, um motivo para patrocínio seria o interesse de uma empresa em se aliar ao mundo universitário e estar envolvida num projecto que facilmente lhe trará possibilidades de estar em contacto com novas tecnologias e pessoas em formação em áreas que não são correntes nessa mesma empresa. Mas devo dizer que este interesse é meramente secundário e apenas surgem em um ou dois dos nossos parceiros. No entanto, é algo que abordamos sempre nas nossas reuniões de patrocínio,
Voltando à vossa pergunta, não acho possível segmentar os patrocionadores em algo como: determinado valor dá determinada área no carro. Isto porque a maioria dos patrocínios não são em dinheiro mas sim em géneros. E esta abordagem é, talvez, demasiado "profissional" para o nosso contexto. É uma metodologia demasiado agressiva e limitativa para usar numa reunião com os típicos possíveis patrocionadores que encontramos.
Esperem de uma empresa que esteja envolvida no meio algo que seja um produto comercial dela, não dinheiro. A exemplo, é mais fácil obter um molde de 6000€ que 2000€ em dinheiro. As excepções a isto são bancos e construção civil. No nosso caso: BPI, Tendeiro Construções, etc... Mas as coisas não são sempre claras. O BPI tem um contracto com o IST devido à utilização de espaços no campus para uma departição deles. O contrato envolve uma soma avultada distribuída por projectos dentro da faculdade. Assim, é um patrocínio obrigatório para o BPI e calha-nos quase à sorte.
Para procurarem patrocionadores, podem segmentar as áreas da seguinte forma:
Indústria -> eventuais tecnologias e processos de fabrico em que podem utilizar recursos das empresas para a construção do carro. São também um excelente "mercado de conhecimento" para ambos os lados.
Produtos para automóveis e motas -> as empresas mais directamente envolvidas no meio competitivo terão facilmente várias motivações simultâneas para patrocionar um projecto destes. Além disso, os seus componentes são, obviamente, essenciais nos nossos protótipos.
Transportadoras, agências de viagem, aluguer automóvel-> obviamente, sem uma transportadora, não conseguimos ir a lado nenhum. Pagar o transporte de 2 toneladas de carga para Inglaterra é simplesmente incomportável. Bem que vendíamos um carro para poder levar o outro. Uma agência de viagens ajuda a abater as despesas pessoais nas viagens. Uma empresa de aluguer autómovel, e no nosso caso que não temos veículos de transporte disponíveis na faculdade (ya, só mesmo no IST...) é essencial para transportar o carro para testes ou deslocações nossas para exposições, etc...
Bancos, empreiteiros, etc. -> Dinheiro vivo. Essencial nem que seja para comprar "matéria-prima, parafusos e outros componentes não patrocionados" ou pagar as despesas de secretaria...
Na realidade, nós acabamos por escalonar os patrocionadores após determinarmos o seu valor (em géneros ou dinheiro). Se olharem para o FST02, a Soccem e OGMA distinguem-se dos restantes por algum motivo... Mas isto é em resultado final, não em proposta inicial.
Em suma, a minha sugestão é deixarem as coisas em aberto nas vossas reuniões. Assim, não há limites impostos para um patrocionador. Além disso, cheira-me que neste nosso cantinho à beira-mar plantado, mais facilmente teriam "patrocínios de autocolante de caderneta" que grandes banners no veículo.
Abraço,
Nuno Valverde
Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica <neemec@mec.ua.pt> escreveu:
Boas!
Pessoal, muito obrigado, já sacámos o CAD do maquinão!
Estou-me a ver é tramado para saber como é k vamos levar
os ovos moles que vocês realmente merecem
Andamos aqui com umas dúvidas na cena dos patrocínios... É
o seguinte, estamos a fazer uma carta para mandar para
várias empresas a apresentar o nosso projecto ver se
alguma nos patrocina. Não sabemos se havemos de escalonar
os patrocínios por valor de patrocínio, ou se negociamos
individualmente. O que é que vocês acham?
Obrigado,
Aquele abraço